terça-feira, 12 de julho de 2011

Darius Milhaud, "Les Six" e o Jazz: "Saudades do Brasil"



Darius Milhaud (Scaramouche, uma das suas obras mais conhecidas)



Como vim parar a Darius Milhaud hoje? Vim por vários caminhos...

Vou contar porque penso que tem interesse: primeiro, recebi uma música muito bela de Erik Satie que a Ana me enviou.


Tive curiosidade, quis saber mais sobre ele, e fui procurar na internet.



Cheguei ao “Grupo dos Seis”, encontrei Milhaud, Poulenc, Jean Cocteau, os únicos que conhecia.


Por outro lado, quando falei de Stevie Wonder e pus uma canção dele, um amigo disse-me que Burt Bacharach era o compositor dessa canção que interpretava muito bem.


Procurei Bacharach e gostei.


Assim fui, de descoberta atrás de descoberta.


Descobri ainda que Darius Milhaud fora professor de Bacharach, na América.


E que Dave Brubeck fora igualmente seu aluno...


imagem do concerto de Dave Brubeck para os soldados durante a Guerra




Entre os estudantes de Milhaud inclui-se – além de Dave Brubeck- o compositor Burt Bacharach." (wikipedia)


Dizia-lhe Milhaud: “não te preocupes quando escreveres uma música que as pessoas recordem e vão assobiando na rua. Nunca te sintas derrotado por uma melodia.”


Depois quis saber ainda mais coisas de Milhaud. Lá vi o seu interesse pelo jazz, que vai desecantar "autêntico", numa rua de Harlem, no anos de 1922.


Tudo se cruzava, pois, nesta procura: Milhaud, o jazz, Brubeck, Bacarach, Satie, Cocteau, o Brasil...


Pensei que era bom falar-vos disto tudo... Trocar ideias, conhecimentos é um pouco a minha preocupação...


Aqui fica:




Darius Milhaud nasceu em Aix-en-Provence, em 4 de Setembro de 1892 de uma família judaica e morreu em 22 de Junho de 1974.

Estuda música no Conservatório de Paris, primeiro violino, depois composição.


Cedo, relaciona-se com o escritor Paul Claudel (que li


nda é a sua obra “L’annonce faîte à Marie”, ou o terrível “Tête d’Or”...).


Claudel era diplomata e quando é nomeado Ministro da Delegação Francesa ( posto equivalente ao nosso embaixador) e parte para o Rio de Janeiro, Milhaud acompanha-o como seu secretário.


No regresso a Paris, dois anos mais tarde, em 1918, entra no círculo cultural de Jean Cocteau e participa num grupo de compositores franceses intitulado Les Six (Les Six, ou Groupe dês Six (*).


As suas composições musicais são influenciadas pelo jazz e pelo uso da polytonality.


Um dia, enquanto vive na América, ouve tocar jazz


numa rua de Harlem, o que muito o vai impressionar e influenciar posteriormente o seu tipo de música.


No ano seguinte, compõe “A criação do Mundo”, partindo de uso de temas de jazz, incluindo um ballet - em seis cenas de dança seguidas.


Mais tarde, surge a composição “Saudades do Brasil” uma suite para piano gravada, em 1928, em Paris.


Nela recorda a música que ouvira de 1916 a 1918 durante a sua estadia no Brasil.


(*) "Les Six": Chefiado por Jean Cocteau e Erik Satie, foi um grupo de jovens compositores de avant-garde franceses que ficou célebre.


Reuniam-se em Paris entre 1917 e 1923.

Além destes dois, contava nomes como Darius Milhaud, Francis Poulenc, Arthur Hohegger e Germaine Taillefaire

http://youtu.be/8ntH_2k-aSc



http://youtu.be/M1-kDZWbnns


http://youtu.be/DyBA7z4da6M


http://youtu.be/4DbJXvtH1gM



3 comentários:

  1. Mais uma porta aberta para uma nova descoberta que desconhecia "Darius Milhaud" nesses quase 30 anos de musicalidade. Confesso que estou garimpando esse compositor e professor francês, um dos mais prolíficos do século XX. Namaste.

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  2. Cinco bjs ao Falcão curioso que descobre tanta coisa boa e distribui bom gosto. Achei o máximo.

    bjs - das cinco.

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  3. Não conhecia Darius Milhaud. Fico grata por este conhecimento. É divinal a sua música.

    Aprende-se sempre quando se passa por aqui.
    Vivaaaa!

    Beijinhos! :)))

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