domingo, 23 de dezembro de 2012

Livros policiais para este Natal!


Não posso deixar passar o natal sem vir falar de livros... Volto e "re-volto" aos mesmos...
Tenho duas minhas amigas  especialistas em "policiais" que perguntam se não escrevo mais sobre esse tipo de  livros. Uma é uma italiana de Ravenna, a outra é portuguesa mas prefere estar incógnita.

"Livros policiais!" pediu-me uma. "Histórias e contos!", pediu-me a outra...

Aqui estão as minhas ideias para este ano. Ainda vão a tempo de procurar amanhã...São os livros que tenho estado a ler nos últimos tempos
Cruzados, quero dizer, alternados e dos géneros mais variados.

Volto a falar de Daniel Silva, judeu de origem portuguesa, educado por família açoriana na América e bom escritor de livros de suspense. Leio a Mensageira em que a intriga, o inesperado revelam a violência do que hoje se passa pelos mundo em que se afrontam os poderes do mundo, claramente ou sub-repticiamente. Apesar de haver algo de “déjà vu” (em livros anteriores do autor), continua a prender-me. Bem, e não só a mim...


 Descobri outro escritor, o americano George P. Pelecanos. Livros em que a violência e a dureza do dia a dia urbano prevalece. Houve quem lhe chamasse o Zola de Washington DC... exageros de publicidade, é claro.


Leio agora "Soul Circus" - com o detective privado Derek Strange- e "Down by the River Where Dead Men Go"  (1995)- histórias do detective Nick Stepanos.


Mas vou falar de um livro “novo” que me  ofereceu-mo uma amiga nos meus anos e que se passa noutras eras, à maneira do “Nel nome della rosa, de Umberto Eco.
Chama-se "O mercador de livros malditos" (1), de Marcello Simoni. Mistério e investigação levada a efeito num convento, na Idade Média, entre.

A maneira de “Il nome della rosa, de Umberto Eco.
a capa da 1ª edição do livro de Eco

O mistério mais profundo, a chave o código desconhecido. Quem é a Santa Vehme? O Tribunal Secreto? E os Videntes?

Quarta-feira de cinzas do ano do Senhor de 1205. Rajadas de vento gélido fustigam a Abadia de San Michele della Chiusa”. Assim começa o romance.

E o mistério vai-se adensando, página a página. Como é que "eles" foram “descobrir” Viviën de Narbonne, no seu refúgio num convento dos Alpes?
pintura de Mário Botas (que faria hoje 60 anos)

Quem o persegue? Conseguirá  salvar-se, na sua fuga nessa noite de tempestade e de neve?

Ignazio de Toledo será a próxima vítima? E como aparece Willalme? E o jovem Uberto?
A chave do domínio do mundo onde se encontra? E o código qual é? 
Marcello Simoni



Ambiente medieval, cruzes de Templários e armaduras de Cruzados, aventuras e bons sentimentos.
Do livro retive a  leveza da escrita e o altruísmo de algumas personagens e a força da amizade. O que já não é mau...

(a propósito –mesmo fora de propósito- lembro-vos um livro fundamental de Eco que fazia “razia” em Itália há anos e continua a fazer. “Come se scrive una tesi di laurea”)

E, sempre, ler e reler e comprar Simenon, Hartley Howard, Hammett e Chandler…
Boa leitura, neste Natal!






(1) Marcello Simoni nasceu em Comacchio, região de Ferrara, onde o autor nasceu e  trabalha como bibliotecário. Trabalhou também como arqueólogo e é formado em Letras. Foi Prémio Bancarella 2012 e Prémio Literário Emilio Salgari. A tradução portuguesa é da editora Clube Autor (2011)

http://planetamarcia.blogs.sapo.pt/489591.html

3 comentários:

  1. Parecem-me óptimas sugestões (só li livros dos autores mais antigos).
    Se entretanto, não voltar a passar por aqui, vou aproveitar para desejar um Feliz Natal para todos, inclusive para o ratinho e o ouricinho :)
    um beijinho grande
    Gábi

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  2. Policiais... o que ando a perder!!

    Um dia, quem sabe!!
    Um beijinho terno.:))

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  3. os policiais são livros que nos levam à juventude aos livros de aventura. Descodificar o mistério é sempre aliciante.
    Maria João mais uma postagem bonita de livros, sobre livros, de pessoas e de personagens.
    Todos os ingredientes que precisamos para continuarmos a sonhar.
    Beijinho de Natal feliz (no "finzinho").

    Ana

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